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Mercado de EPIs avança preservando a saúde e a segurança dos trabalhadores


Por Luis Vieira


A indústria de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) desempenha um papel fundamental na proteção dos trabalhadores brasileiros. Principalmente ante à constatação de que, todos os anos, um número preocupante de acidentes de trabalho é registrado em nosso País, resultando em danos físicos, emocionais e financeiros, e até mesmo na perda de vidas. Nesta reportagem, exploraremos o panorama dos acidentes de trabalho no Brasil, as principais causas, inovações em tecnologia e design dos calçados de segurança, bem como o potencial deste mercado, que trabalha pelo aumento da segurança, proteção, conforto e saúde dos profissionais.


PANORAMA - Anualmente, o Brasil registra um número significativo de acidentes de trabalho, refletindo a necessidade de maior atenção à segurança no ambiente profissional.


O site gov.br da Presidência da República, através do Ministério da Previdência, noticiou no último mês de maio o mais recente levantamento sobre os acidentes de trabalho no Brasil. De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2021, foram registrados 536.174 registros de acidentes de trabalhadores no exercício da função. Se por um lado os acidentes que causaram incapacidade permanente tiveram queda substancial - em 2019, foram 16.556 casos contra 5.664 casos em 2021, numa redução de aproximadamente dois terços -, por outro está a constatação de que, em 2021, o País registrou em 2,5 mil óbitos, um acréscimo de 30% em relação ao ano anterior.


A publicação ressalta ainda o impacto da pandemia do Covid-19 nos afastamentos por doenças do trabalho em 2021, registrando a segunda maior quantidade anual nos últimos 10 anos, com 19.348 casos. O recorde histórico ocorreu em 2020, quando houve 33.575 casos. Mas, quando comparados ao ano de 2019, anterior à pandemia, os acidentes por doença do trabalho aumentaram 234,6% no ano de 2020 e 92,8%, em 2021. Tais números evidenciam a importância de uma abordagem preventiva por meio do uso adequado de EPIs.


Principais causas


Diversos fatores podem contribuir para os acidentes de trabalho. Entre as principais causas estão a falta de treinamento adequado dos trabalhadores, o descumprimento de normas de segurança, a negligência das empresas em fornecer e exigir o uso de EPIs, além de condições inadequadas no ambiente de trabalho. É essencial que tanto empregadores quanto trabalhadores estejam cientes dos riscos e das medidas de prevenção a serem adotadas.


Partes do corpo mais afetadas


Os acidentes de trabalho podem causar danos em várias partes do corpo, mas algumas áreas são mais frequentemente afetadas. Entre as regiões mais vulneráveis estão os membros superiores, como mãos e braços, devido ao contato direto com máquinas e equipamentos. Além disso, os olhos, o rosto, a cabeça e o sistema respiratório também estão expostos a diversos riscos no ambiente de trabalho.


LEGISLAÇÃO - No Brasil, a legislação trabalhista busca assegurar a segurança dos trabalhadores impondo responsabilidades tanto às empresas quanto aos empregadores e trabalhadores. Normas regulamentadoras, como a NR-6, estabelecem diretrizes para o uso de EPIs, exigindo que as empresas forneçam os equipamentos gratuitamente, realizem treinamentos, fiscalizem seu uso adequado e ofereçam condições seguras de trabalho. Além disso, os trabalhadores também têm a responsabilidade de utilizar corretamente os EPIs fornecidos.


O papel dos EPIs na prevenção contra acidentes


Os Equipamentos de Proteção Individual são elementos essenciais na prevenção de acidentes de trabalho. Eles têm como objetivo principal proteger os trabalhadores contra riscos que possam ameaçar sua saúde e integridade física. No caso dos calçados de segurança, sua utilização adequada é fundamental para evitar lesões nos pés, como cortes, perfurações, quedas e escorregões.


Os EPIs atuam como uma barreira entre o profissional e os perigos presentes no ambiente de trabalho. Eles podem incluir, além dos calçados de segurança, capacetes, óculos de proteção, luvas, protetores auriculares, vestimentas entre outros. Cada tipo de EPI é projetado para proteger uma parte específica do corpo e deve ser elaborado de forma a minimizar os riscos envolvidos na atividade desempenhada.


E todos os EPIs para serem comercializados no Brasil precisam passar por avaliações técnicas realizadas por laboratórios independentes e credenciados, cujos testes são baseados em normas técnicas nacionais e internacionais e com o uso de equipamentos calibrados e auditados. Também o ambiente onde os testes são realizados deve ser controlado com relação a fatores como temperatura e umidade, por exemplo, e todo o trabalho deve ser realizado por técnicos com comprovada capacitação para cada norma específica.


O Certificado de Aprovação (CA) é um documento expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego que atesta a funcionalidade do Equipamento de Proteção Individual. E somente os produtos com CA podem ser comercializados no Brasil.


No entanto, a simples disponibilidade dos EPIs adequados às normas não garante a segurança dos trabalhadores. É fundamental que os empregadores forneçam os equipamentos aos profissionais, levando em consideração os riscos existentes no ambiente de trabalho.


Além disso, é responsabilidade dos profissionais a utilização correta dos EPIs e seguir as orientações de uso e manutenção fornecidas pelos fabricantes.


A importância do conforto nos calçados de segurança


Além da proteção, o conforto é um aspecto crucial a ser considerado na escolha dos calçados de segurança. Trabalhadores que passam longas horas em pé ou realizam atividades que exigem movimentação constante podem sofrer com dores e desconfortos nos pés se não utilizarem calçados adequados. As empresas fabricantes de EPIs investem em pesquisas e desenvolvimento para oferecer modelos de calçados de segurança que sejam ergonomicamente projetados e proporcionem conforto aos usuários. Novas tecnologias como palmilhas anatômicas, sistemas de absorção de choque e forrações que facilitam a transpiração, materiais que tornam os calçados mais leves e que proporcionam maior liberdade de movimento aos trabalhadores são cada vez mais incorporados aos calçados.



A busca por inovação


A demanda por EPIs mais eficientes, confortáveis e seguros impulsiona as empresas a investirem para oferecer produtos que atendam às necessidades dos trabalhadores e estejam em conformidade com as normas técnicas. Um exemplo de empresa inovadora é a Calfor Brasil que oferece a linha Calfor Composite, especialmente desenvolvida para os profissionais que precisam trabalhar em ambientes úmidos, com riscos de queda de objetos, com possibilidade de condução e proteção elétrica (classe 00). A inovação pode ser constatada na bota de PVC com biqueira de composite inserida na sua estrutura interna e com palmilha de conforto.


Segundo o diretor comercial Luciano Simas, o equipamento oferece mais espaço interno ao pé do trabalhador que sempre utilizou produtos similares em PVC com a biqueira de aço. “Com essa bota, entregamos mais conforto pela leveza em relação à versão anterior tradicional de aço, e também permite às empresas poderem optar em ter um EPI com coberturas de certificação amplas em um produto que resiste aos ambientes que tenham umidade de toda forma”, resume Luciano.


De acordo com ele, há pouco tempo seria impossível de se imaginar que um produto da categoria em Classe II (calçado impermeável), pudesse entregar mais do que apenas resistir à lama e às operações com água. Assim, com investimentos em pesquisa e tecnologia de ponta mundial em máquinas, moldes e materiais, a Calfor fornece ao mercado a possibilidade de proteger profissionais que atuam em diversos nichos de mercados (alimentício, agro, mineração, off Shore e construção civil são alguns desses segmentos). “Quem utiliza esses calçados está seguro, confortável e protegido de forma adequada, já o empregador, ao adquirir um EPI que traz solução efetiva de proteção, com as devidas certificações, têm a segurança de que os riscos em passivos trabalhistas serão diminuídos”, finaliza o diretor.

Outra empresa que se destaca é a Marluvas Equipamentos Profissionais. As novidades da marca são muitas, entre elas os calçados têxteis das linhas Nexus e TXT. “São tênis que trazem o máximo de segurança, conforto e design”, assegura o diretor de Marketing, Danilo Oliveira. Com cabedal produzido em tecido hidrofugado (resiste à água) e forração interna composta por tecido feito de fibras de garrafas PET, os modelos são oferecidos com opcionais de proteção, como biqueira de composite e palmilha resistente à perfuração. “São calçados de última geração produzidos com respeito ao trabalhador e que também cuidam do meio ambiente”, contextualiza Danilo.


A busca por materiais que atendam as principais normativas faz a indústria Marluvas avançar com insumos nacionais e importados. Solados que conjugam borracha e EVA oferecem leveza, flexibilidade e design arrojado, colocando o mercado nacional cada dia mais próximo ao europeu em relação à apresentação, qualidade e funcionalidade dos produtos. “A busca tem sido sempre na direção de promover o máximo de segurança com o maior nível de conforto e estética, para um produto integralmente agradável”, pontua o diretor.


A linha TXT, além de trazer o cabedal ecológico em material têxtil e forração composta por fibras de garrafas PET recicladas, é elaborada com solado em PU bidensidade injetado direto no cabedal, fechamento em elástico com atacador, proporcionando agilidade no calce, biqueira de composite que protege contra impactos de até 200J e palmilha resistente à perfuração, e se destaca ainda por ser um produto livre de metais.


A linha Nexus é perfeita para quem precisa de segurança, sem deixar o estilo de lado. Também traz como tecnologia o cabedal ecológico em material têxtil e forração composta por fibras de garrafas PET recicladas. Tem solado de EVA superleve e borracha nitrílica resistente a óleo combustível e hidrocarbonetos na parte de contato com o solo, garantindo maior durabilidade e estabilidade, fechamento em cadarço, biqueira de composite que protege contra impactos de até 200J e palmilha resistente à perfuração. Livre de componentes metálicos, a linha ainda conta com proteção antiestatica.


Tão importante quanto os investimentos das empresas fabricantes de EPIs são os lançamentos do setor de fornecimento, que disponibilizam ao mercado as soluções que viabilizam as inovações nos produtos finais. A Orisol do Brasil, por exemplo, já algum tempo fornece máquinas que são amplamente utilizadas na indústria de EPIs, principalmente para a fabricação de sapatos de segurança industrial, mas também utilizadas na fabricação de cintos de segurança e proteção. Exemplos desses equipamentos são as máquinas de costuras automáticas e as máquinas de alta frequência. “A fabricação destes equipamentos de proteção individual não poderia atualmente ser feita sem automação de costuras. E hoje, quase a totalidade das empresas fabricantes de calçados de segurança possuem máquinas Orisol de costuras automáticas e recentemente também vem aplicando nossas soluções em alta frequência”, assegura o gestor comercial/marketing Olatam (Orisol Latino América), Adair Fábio Kerber.


Ele aponta dois aspectos que beneficiam as empresas com a utilização dessas tecnologias. O primeiro deles é o decorrente na necessidade de padronização e produtividade e o segundo é decorrente da própria normativa de segurança operacional, uma vez que os lançamentos da empresa estão em conformidade com as necessidades da industrialização atual exigida pelo mercado.


“As tecnologias existentes e os equipamentos e soluções que disponibilizamos ao mercado, além de melhorar a produtividade da indústria de equipamentos de proteção individual, oferecem a devida segurança para o operador”, reforça Adair, destacando que os equipamentos possuem as devidas proteções para oferecer 100% de segurança para o operador do equipamento e adicionalmente para a proteção dos próprios equipamentos, moldes e materiais utilizados, oferecendo esta segurança adicional ao investidor de que ele não terá danos às matérias-primas, que normalmente são caras. “Esta segurança proporciona garantia de que os materiais adquiridos para produção serão bem aproveitados, sem desperdícios decorrentes de falta de segurança do equipamento para com estes”, pontua o gestor comercial.


O Grupo Stickfran, referência na produção de componentes para calçados, cintos, acessórios, produtos ortopédicos entre outros segmentos, atende o mercado de EPIs fornecendo materiais como elásticos, fitas refletivas, fechos de contato, zíperes, ilhóses e atacadores desenvolvidos para atender o mais alto padrão de qualidade, exigência e performance necessário para assegurar resistência, durabilidade, conforto e segurança. A ideia, de acordo com o supervisor de vendas, Hamilton Marquete, é proporcionar a fabricação de EPIs mais elaborados, com técnicas mais aprimoradas, design moderno, conforto e sofisticação. Fazendo com que o equipamento de proteção, além de atender os requisitos necessários para a segurança, também seja um produto de desejo de consumo, que vai além da obrigação de utilização.


“Por um lado, o usuário se beneficia do design moderno, conforto, segurança e sofisticação. Por outro, além de proteger, o EPI passa a ser um produto de desejo que torna estimulante a sua utilização. O usuário se vê então utilizado um produto de moda e passa a ter orgulho de utilizar um EPI, e não pensa na sua utilização como algo obrigatório”, considera Hamilton. Além dos componentes com design próprio, o Grupo Stickfran disponibiliza também a criação e desenvolvimentos personalizados de acordo com a necessidade de cada cliente.


Desenvolvido pela TNS Nanotecnologia, o DryGuard é um aditivo hidrorrepelente sustentável e livre de compostos halogenados para o setor têxtil e calçadista. Atendendo também as necessidades dos fabricantes de EPIs que buscam tecidos inteligentes capazes de repelir líquidos, oferece benefícios como diminuição do ciclo de lavagens, preservação dos tecidos e não alteração das cores das roupas. “Nosso aditivo é livre de compostos halogenados, metais pesados, silicones e de solventes orgânicos, como álcool, formol, aldeído e outros, ou seja, é um produto inteligente e eco-friendly” ressalta o diretor geral da empresa, Gabriel Nunes.


Tendo como principal função proteger superfícies da umidade, a solução está baseada na utilização de compostos orgânicos não-halogenados para atingir a funcionalidade de hidrorrepelência para aplicações em diversos artigos têxteis, tornando-os hidrofóbicos a diferentes líquidos. E também, tem-se a facilidade de manutenção e preservação das roupas em geral, sem alteração da coloração e sensação ao toque do tecido.


A propriedade hidrorrepelente oferece benefícios como a economia de água com lavagens, pois os tecidos adquirem a característica de easy-care, ou seja, não sujam e nem mancham com tanta facilidade. “É um aditivo livre de fluorcarbono, silicone e silício, o que fornece benefícios ecológicos, além da possibilidade de lavar menos as peças, reduzido o consumo de água.”


Além disso, proporciona maior segurança para os trabalhadores que atuam no processo industrial têxtil, pois como o aditivo é livre de fluorcarbono, seguindo as tendências mais recentes de substituição dos chamados forever chemicals, conforme alinhamento de diversas agências regulatórias no mundo. Portanto, não há eliminação de gases e/ou efluentes altamente contaminantes por parte das indústrias têxteis.


A Comelz do Brasil apresenta o seu sistema de corte que inclui uma digitalizadora de peles e uma máquina de corte com cabeçotes especiais para corte de peles e enfestos de sintéticos e tecidos, com softwares e hardwares destinados à automação do processo de produção. “Um sistema de corte não corresponde a um único equipamento, mas sim a uma combinação de equipamentos e softwares que trabalham simultaneamente para um resultado eficaz”, resume o diretor Marcelo Cezario da Silva. Ele lembra que nesse processo os equipamentos podem ser diferentes também, dependendo do principal objetivo de cada cliente, pois muitos produzem somente sintéticos e tecidos, outros somente couros, alguns cortam todos os materiais, assim como cada nicho de produtos e quantidades produzidas possuem suas características de produção.


Os equipamentos deste sistema proporcionam ao fabricante de EPI versatilidade com setup reduzido no processo de troca de modelos e materiais, economia de materiais, padronização de qualidade e produtividade, maior produtividade, agilidade no planejamento e execução dos modelos, precisão no planejamento, entre outros. “Os equipamentos Comelz estão focados em reduzir tempos de setup entre as fases dos processos operacionais, melhorar o desempenho operacional das empresas, solucionar problemas com mão de obra e principalmente reduzir os custos fabris de forma a dar ferramentas para o cliente poder gerenciar seu planejamento produtivo”, aponta Marcelo.


A Expo Proteção 2023 traz avanços e inovações na SST e Emergência


A Expo Proteção, uma das feiras mais aguardadas do segmento de Saúde e Segurança do Trabalho e Emergência acontece de 13 a 15 de setembro em São Paulo/SP para destacar os mais recentes avanços e inovações em tecnologias e práticas de segurança. Reunindo lideranças do setor, empresários e profissionais o evento é também palco para compartilhar conhecimentos e impulsionar o progresso do segmento.


Em sua nona edição e com uma ênfase cada vez maior na segurança dos trabalhadores e nas práticas sustentáveis, a mostra é uma oportunidade para explorar as tendências emergentes que estão moldando o futuro da segurança aos trabalhadores. Com mais de 300 expositores, além de eventos técnicos de formação profissional, a feira se consolida como espaço para geração de negócios, troca de experiências e formação profissional.


PREVENÇÃO - Equipamentos de proteção individual e coletiva, softwares e suporte técnico, produtos de sinalização, comunicação e instrumentos técnicos fazem parte do rol de inovações apresentadas pelos expositores, com destaque para tecnologias de ponta, como sistemas de monitoramento avançado em tempo real que permitem uma visão abrangente das condições de trabalho, possibilitando a prevenção proativa contra incidentes.


SUSTENTABILIDADE - A integração da sustentabilidade nas estratégias de segurança industrial é um tema em ascensão. Os participantes podem explorar na feira como as empresas estão equilibrando os aspectos ambientais, sociais e de saúde e segurança ocupacional em suas operações, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e ecologicamente responsável.


Potencial do Mercado Brasileiro de EPIs


Na avaliação da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), somente pelo fato de o Brasil ter uma quantidade da ordem de 100 milhões de trabalhadores - quantidade superior a população da grande maioria dos países - já seria de esperar a grandeza do potencial do mercado brasileiro de EPIs.


Soma-se a isto o fato que, destes, somente 50% têm carteira assinada e trabalham no setor privado, ou seja, devem seguir a CLT; os demais ou trabalham no setor público ou são trabalhadores informais.


Ainda, dos 50% que têm carteira assinada e seguem a CLT, 40% trabalham em empresas com menos de 50 funcionários, ou seja, em empresas que talvez não tenham nenhum profi ssional para orientar aos trabalhadores dos riscos a que estão sujeitos. Logo, dos 100 milhões de trabalhadores brasileiros, somente 30 milhões trabalham em empresas com mais de 50 funcionários. Assim, 30% do total de trabalhadores estão em empresas que são fiscalizadas e teoricamente têm um profissional que os oriente.


Entretanto, devido à baixa quantidade de auditores fiscais do trabalho, com foco voltado para carteira de trabalho, trabalho infantil, trabalho escravo e com uma formação mais jurídica do que técnica especializada, voltada para as grandes empresas, a Animaseg estima que o mercado brasileiro seja quatro vezes maior que o divulgado.


“Para ampliar todo esse potencial temos alguns caminhos, o primeiro é a educação e a implantação da mentalidade prevencionista em nossas crianças. Outro caminho é a criação de mais canais de vendas para os trabalhadores informais e para as pequenas empresas que, normalmente, fazem suas compras em casas de ferragens ou de materiais de construção e não encontram a orientação correta para suas demandas. E por fim, a entrada do e-social com as exigências de indicação do EPI adequado ao risco por todas as empresas”, lista o presidente da entidade, José Geraldo Brasil.


Otimista quanto ao aumento da demanda por EPIs nos próximos anos, ele vislumbra que o crescimento deve ser significativo para esse mercado e que as empresas estão preparadas para enfrentar os desafios do mercado. “Exemplo disso foi o comportamento das empresas e dos empreendedores brasileiros durante a pandemia, quando foi multiplicado por quatro a quantidade de empresas produtoras de respiradores descartáveis”, pontua José Geraldo.




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